Cada dia de atraso em uma obra industrial representa mais do que custos extras. Pode significar impacto direto na operação e na produtividade do cliente. Por isso, a gestão de obras industriais é um dos pilares mais críticos para o sucesso de grandes projetos.
Na Cardan, essa gestão é conduzida com rigor técnico, metodologias consolidadas e um corpo profissional experiente, capaz de transformar planejamento em execução com eficiência, segurança e previsibilidade.
Com 7 anos de atuação na empresa, o Coordenador e engenheiro de Planejamento Jhonantan Alves Sandrini nos contou um pouco sobre gestão e controle de obras e disse que o “maior diferencial da Cardan está na capacidade de interação técnica e na busca constante por soluções de engenharia otimizadas”.
Com uma trajetória sólida em obras industriais de diferentes segmentos, a Cardan adota processos rigorosos de planejamento e controle de obras, assegurando previsibilidade, produtividade e segurança em todas as etapas. Entenda!
O que é gestão de obras no contexto industrial?
A gestão de obras envolve planejamento, execução e controle de todas as atividades de um projeto de construção civil. No entanto, quando falamos em gestão de obras industriais, o nível de complexidade é muito maior.
Esses projetos envolvem estruturas robustas, integração de diversos sistemas, cronogramas interdependentes e exigências técnicas específicas, como compliance ambiental, normas de segurança e padrões de qualidade rigorosos.
Além disso, o impacto de um atraso em uma planta industrial não se limita à entrega da obra, ele pode comprometer toda a operação produtiva do cliente.
Na Cardan, essa gestão de obras é conduzida de forma integrada, envolvendo engenharia, suprimentos, logística, segurança e controle de qualidade, em um processo colaborativo que garante o andamento eficiente de cada fase.
O que diferencia a gestão de obras industriais da gestão de outros tipos de obras?
Jhonantan Sandrini explica melhor essa especificidade da gestão de obras de caráter industrial, se comparada com outros tipos de obras, como residenciais ou comerciais. Ele elenca quatro grandes fatores:
- Alta complexidade técnica e necessidade de corpo técnico robusto para gestão integrada de recursos humanos, materiais e equipamentos em larga escala.
- Planejamento crítico e sequenciamento rigoroso das atividades visando a otimização de prazos, custos e produtividade.
- Responsabilidade ampliada da engenharia na definição de soluções técnicas e na consideração dos impactos sociais e ambientais do empreendimento.
- Dificuldade de implementação de alterações em função da magnitude dos recursos mobilizados e do elevado grau de interdependência entre as etapas executivas.
Depois de entender o conceito de gestão de obras no contexto industrial, é importante saber o que torna esse processo tão singular e desafiador.
Qual é o papel do planejamento e controle de obras?
Nenhum projeto industrial de grande porte alcança sucesso sem um planejamento e controle de obras bem estruturados. Essa etapa é o coração da gestão, o que conecta todas as áreas, antecipa riscos e garante previsibilidade.
Na prática, Jhonantan aponta que o planejamento e controle de obras permitem que todas as equipes trabalhem com clareza sobre o que precisa ser feito, quando e como. Isso reduz retrabalhos, evita desperdícios e melhora a comunicação entre os times.
A Cardan utiliza metodologias consagradas de Lean Construction, como o Last Planner System (LPS) e o Pull Planning, para transformar o cronograma em uma ferramenta viva, adaptável e eficaz, assegurando alinhamento entre planejamento e execução.
Além das reuniões diárias e semanais, de check-in e check-out e de produção, com monitoramento do progresso físico, análise de desempenho das equipes e registro dos indicadores de produtividade, “temos reuniões de Look Ahead (6WLA), com participação de todas as disciplinas, da Cardan e do contratante, com foco no mapeamento e tratamento das restrições previstas para as próximas seis semanas”, afirma.
Quais são as principais etapas do planejamento de gestão de obras?
Para explicar melhor como o planejamento e controle de obras acontece, Jhonantan elenca as etapas do processo adotado pela Cardan, que começa com a realização de reunião técnica com o setor de orçamento para alinhamento estratégico das premissas de planejamento.
Depois, vem a elaboração do plano de mobilização completo, contemplando o planejamento e suprimento dos canteiros de obras, instalações provisórias e frentes iniciais de execução. Isso “inclui a gestão das contratações de pessoal, aquisição e disponibilização de equipamentos, contratação de subempreiteiras e fornecedores estratégicos, bem como o desenvolvimento dos layouts de canteiros e demais infraestruturas de apoio necessárias para o início e andamento das atividades”.
Em seguida, ocorre a definição do caminho de construção considerando os marcos contratuais, a sequência lógica de execução e as principais interferências entre disciplinas; a concepção da Estrutura Analítica do Projeto (EAP) com base na divisão física e funcional das áreas de construção; e o levantamento das quantidades por área a partir dos projetos executivos e documentos de engenharia para construção do Plano Diretor da Obra.
Jhonantan também acrescenta outras quatro etapas executivas, que arrematam o processo com excelência operacional:
- Criação de um banco de dados centralizado para alimentação e integração do cronograma detalhado.
- Importação e consolidação do sequenciamento executivo da EAP, com definição das atividades detalhadas e respectivas durações.
- Elaboração das curvas físicas e financeiras, histogramas e gráficos de commodities para o controle global do empreendimento.
- Elaboração do plano de suprimentos da obra, abrangendo a gestão das contratações de equipamentos e a mobilização do efetivo, subcontratadas e demais recursos necessários para o desenvolvimento das atividades.
Quais são os maiores desafios de prazos e qualidade em obras industriais de grande porte?
Para grandes projetos industriais, prazo e qualidade estão sempre em cheque na gestão de obras. Num contexto geral de mercado, apesar de os cronogramas serem complexos em nível executivo e de recursos, na maioria dos casos eles são elaborados com prazos reduzidos para análise e consolidação.
Mas não é só isso. Jhonantan relata que a alta demanda de trabalho para mobilização e elaboração do Plano Diretor é item crítico quanto ao dimensionamento de equipes de engenharia necessários durante as fases de estudo, análise e planejamento dos projetos. Outro impasse é a escassez de mão de obra qualificada, devidamente capacitada e comprometida com os objetivos do projeto.
Vemos “dificuldade na mobilização de grandes contingentes de mão de obra em regiões com baixa disponibilidade local”, bem como “alta rotatividade, absenteísmo e déficit de profissionais especializados nas principais disciplinas“, acrescenta.
Segundo Jhonantan, outros desafios são a definição adequada da sequência executiva (integração com demandas de outras disciplinas pelo cliente), ocasionando retrabalhos, atrasos e aumento de custos de construção; falhas na detecção de interferências, erros de projeto e constantes alterações de escopo e de engenharia pelos clientes.
Para concluir a lista de desafios, o especialista ressalta a “insuficiência ou indisponibilidade de insumos estratégicos, como concreto, agregados e materiais de apoio devido às grandes quantidades envolvidas e a distância da maioria dos projetos em relação aos grandes centros”, bem como a limitação de áreas para armazenamento, controle e logística de materiais e equipamentos no canteiro.
Quais práticas de gestão de obras são essenciais para manter qualidade e segurança em projetos complexos?
A Cardan consolida um modelo de gestão de obras baseado em colaboração, controle e melhoria contínua. Entre as principais práticas destacadas por Jhonantan, estão:
- Planejamento colaborativo: integração de todas as disciplinas no planejamento das atividades, com foco em antecipar ações de segurança e qualidade.
- Monitoramento de indicadores: uso de dashboards visuais e reuniões diárias para tomada de decisão rápida.
- Comunicação e liderança de campo: líderes técnicos responsáveis pela interface entre planejamento, segurança e qualidade.
- Controle de qualidade rigoroso: planos de inspeção e testes próprios, além de auditorias em fornecedores e subcontratados.
- Segurança integrada: análise preliminar de risco antes de cada atividade crítica e política de Zero Acidentes, apoiada pela liderança.
Case de sucesso: a obra do Sump para contenção de resíduos
A obra de contenção de resíduos na unidade de um grande complexo de mineração no Brasil, executada em 2023, foi planejada para viabilizar a retomada das operações da mina, coletando água de processo, evitando a condução para barragens.
Com prazo de execução desafiador de 9 meses e condições de espaço reduzido, o Plano Diretor concebido tecnicamente pela Cardan demandou planejamento minucioso, estruturado para garantir o avanço paralelo de várias frentes de trabalho e o cumprimento das metas de execução.
Jhonantan conta que “o planejamento contemplou cuidadosamente as interações homem-máquina durante a execução das estacas escavadas, coroamento”. O planejamento adequado e as rotinas de acompanhamento implementadas garantiram o cumprimento dos prazos de entrega das estruturas.
A gestão de obras global do projeto foi reconhecida pelo cliente, recebendo premiações:
- 1º Lugar – Projeto do Ano 2024 (PMI MG)
- 3º Lugar – Prêmio Melhores do Ano, Etapa Nacional (Project Management Institute)
Esse resultado sintetiza o compromisso da Cardan com previsibilidade, qualidade e segurança do trabalho — pilares que norteiam sua atuação em todos os projetos e gestão de obras.
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